PDI: o que é e como fazer o Plano de Desenvolvimento Individual

PDI: o que é e como fazer o Plano de Desenvolvimento Individual

O Plano de Desenvolvimento individual (PDI) é uma estratégia essencial para garantir a motivação e o engajamento dos colaboradores de uma empresa.

Por um lado, a empresa almeja bons resultados com as habilidades e competências de seus funcionários. Por outro, os funcionários vislumbram na empresa o crescimento em suas carreiras.

Mas reter talentos no mundo corporativo de hoje perpassa a ideia de fazer com que os colaboradores se sintam felizes e motivados a permanecer na empresa.

Aqui entra o PDI, para garantir o crescimento e impulsionar o potencial dos funcionários. E para ser realmente efetivo, o PDI precisa ser estrategicamente montado de forma correta. É isso que você vai aprender com a leitura deste artigo.

As vantagens do PDI

Importante ferramenta para gestão e planejamento de carreiras, o Plano de Desenvolvimento Individual também pode ser usado nas estratégias de treinamento e desenvolvimento.

Então, além de ser vantajoso para a empresa, os funcionários também se beneficiam com o PDI. Com planejamento, o colaborador compreende melhor a sua carreira, em qual nível ele está e onde pode chegar.

Por consequência, o profissional se sente mais satisfeito e motivado, com mais autonomia e segurança, contribuindo inclusive para sua qualidade de vida.

Confira algumas vantagens de desenvolver um PDI na empresa:

  • Aumento da produtividade e do engajamento;

  • Maior proximidade entre gestores e equipe;

  • Colaboradores mais motivados, centrados e organizados;

  • Habilidades e competências potencializadas;

  • Estímulo para alinhar objetivos e cumprir metas;

  • Clima organizacional mais agradável;

  • Diminuição do turnover.

Como fazer o PDI em sua empresa

Os PDIs não têm um tempo de duração padrão, mas em geral eles duram entre três meses e um ano. Podem ser de curto, médio ou longo prazo.

Para estruturar o PDI na empresa, é essencial que estejam presentes neste processo os funcionários, o gestor e o profissional de RH.

Siga os seguintes passos:

  • Avaliação de Desempenho:mapeamento das competências técnicas e comportamentais, conhecimento, performance, formação, experiências, aspectos pessoais, pontos fortes e fracos, além dos resultados. Um PDI mais consistente se faz com esse relatório detalhado, para conhecer bem o colaborador e estar bem próximo de sua realidade e de suas necessidades.

  • Objetivos e metas: definição sobre onde a empresa quer chegar. Alcance primeiro as metas menores e só depois parta para as maiores e mais ambiciosas. As ações do colaborador devem estar bem alinhadas com seus próprios objetivos e metas e também com os da empresa.

  • Análise de custos: levantamento sobre quanto posso gastar para atender melhor à necessidade atual, se posso investir em um software ou se é mais viável montar planilhas e se devo contratar serviços externos ou contar exclusivamente com meu departamento de RH.

  • Ferramentas: o 5W2H é um dos instrumentos mais eficientes de aplicação do PDI. Através de perguntas e respostas, a ferramenta de gestão criada para auxiliar o planejamento estratégico ajuda a definir o caminho a ser seguido com ótimo direcionamento. Por meio dos 5W (What – o que, Why – por que, Where – onde, When – quando e Who – quem) e dos 2H (How – como e How Much – quanto custa), o PDI terá critérios bem estabelecidos para conduzir o autoconhecimento e autodesenvolvimento proposto para cada profissional.

  • Observação dos funcionários: análise dos colaboradores de forma individual e por equipe para mapear as competências importantes para cada área e também os pontos de tensão, situações desconfortáveis, conflitos de interesse, se tem algum funcionário desmotivado ou com dificuldade para cumprir suas tarefas, enfim o colaborador e a liderança devem estar bem alinhados.

  • Definição de cronograma: agenda para alinhar adequadamente as metas da corporação e acompanhar o andamento do PDI para garantir que não fuja das metas propostas. Tudo isso adaptado à rotina e às tarefas do colaborador.

  • Feedback: acompanhados por um gestor, mentor ou coach, o profissional precisa saber como se saiu na avaliação de desempenho para melhorar os seus pontos fracos, descobrir o quanto se desenvolveu, manter o foco e seguir preparado em direção aos objetivos.

O PDI deve ser parte de uma cultura organizacional de melhoria na empresa, onde os colaboradores sejam motivados a rever seus comportamentos e resultados para alcançarem uma melhor produtividade e engajamento, além de se sentirem preparados para o tão almejado crescimento na carreira.

Nesse contexto, a empresa exerce a grande responsabilidade de reconhecer as potencialidade de sua equipe e deixar transparente tudo o que se espera do colaborador, tanto nas suas habilidades técnicas, quanto nas comportamentais.

Afinal, se o profissional sabe com clareza o que a organização espera dele, será mais fácil investir em seu próprio desenvolvimento. E quando ele se sente motivado e pertencente à empresa, enxerga oportunidades e, espontaneamente, valoriza o local onde trabalha.

Esse comportamento também favorece os processos seletivos, já que os candidatos vislumbram as mesmas oportunidades de uma carreira promissora e com grandes desafios. E isso pode ser bem explorado dentro do PDI.

Por fim, apesar de ser uma ferramenta utilizada na estratégia das empresas, o Plano de Desenvolvimento Individual também pode e deve ser feito pelo próprio colaborador. E mais: o PDI pode também ser incorporado em nossa vida pessoal, já que é uma estratégia que alinha expectativas e segue em busca de um objetivo.

Texto por Fabiola Iunck

Foto de Michael Burrows no Pexels